A ABREVIATURA DA PALAVRA PROFESSOR
O costume de abreviar as palavras surgiu da necessidade de facilitar o árduo trabalho de copiar longos textos a mão. Foram tantas as abreviações surgidas ao longo dos séculos, que, para o leigo, muitos escritos antigos são praticamente ilegíveis. Quem já viu um pergaminho sabe do que estou falando. Felizmente, o surgimento da imprensa, da máquina de escrever e, modernamente, do computador reduziu consideravelmente a necessidade das abreviações, muitas delas criações pessoais, que só têm sentido aos olhos do autor.
A criação de abreviações é livre. Todos podemos lançar mão desse prático recurso em nossas cópias e anotações.
Existe, porém, ao lado da abreviação, uma forma de redução de palavras que se chama abreviatura. Enquanto a abreviação, por se destinar, antes de tudo, ao uso pessoal, não possui forma fixa, a abreviatura, por ser oficial, normatizada, não pode ser alterada e atém-se a algumas regras, das quais a principal é a exigência do ponto (ponto abreviativo).
Vejamos o caso da palavra professor.
Existe coisa mais fácil do que cortar a palavra após a quarta letra e acrescentar-lhe o ponto abreviativo?
Há pessoas, no entanto, que gostam de complicar. E, não contentes com um procedimento tão simples, inventaram outra palavra, que só teria lugar no Livro das Aberrações Ortográficas. E o erro está em toda parte, até mesmo na fachada de um conhecido colégio de Macapá, para confirmar o que já sabemos: o desconhecimento da língua portuguesa começa na escola.
Mas que erro é esse?
O erro é este:
Escola Estadual Prof.º Gabriel de Almeida Café.
A “bolinha” (º) que aparece ao final da errada abreviatura da palavraprofessor, nesse (mau) exemplo de descaso com a língua pátria, chama-seletra superior ou letra sobrescrita e, na ortografia oficial do Brasil, representa, por clareza gráfica, a última letra da palavra original. Assim, temos:
A criação de abreviações é livre. Todos podemos lançar mão desse prático recurso em nossas cópias e anotações.
Existe, porém, ao lado da abreviação, uma forma de redução de palavras que se chama abreviatura. Enquanto a abreviação, por se destinar, antes de tudo, ao uso pessoal, não possui forma fixa, a abreviatura, por ser oficial, normatizada, não pode ser alterada e atém-se a algumas regras, das quais a principal é a exigência do ponto (ponto abreviativo).
Vejamos o caso da palavra professor.
Existe coisa mais fácil do que cortar a palavra após a quarta letra e acrescentar-lhe o ponto abreviativo?
Há pessoas, no entanto, que gostam de complicar. E, não contentes com um procedimento tão simples, inventaram outra palavra, que só teria lugar no Livro das Aberrações Ortográficas. E o erro está em toda parte, até mesmo na fachada de um conhecido colégio de Macapá, para confirmar o que já sabemos: o desconhecimento da língua portuguesa começa na escola.
Mas que erro é esse?
O erro é este:
Escola Estadual Prof.º Gabriel de Almeida Café.
A “bolinha” (º) que aparece ao final da errada abreviatura da palavraprofessor, nesse (mau) exemplo de descaso com a língua pátria, chama-seletra superior ou letra sobrescrita e, na ortografia oficial do Brasil, representa, por clareza gráfica, a última letra da palavra original. Assim, temos:
N.º = número | 1.º = primeiro | Eng.º = engenheiro |
Dr.ª = doutora | Ex.ª = excelência | Prof.ª = professora |
O que está fazendo, então, aquele o sobrescrito numa palavra que termina em r?
A meu ver, ele está aí por influência da palavra professora, que, por terminar em a, recebe, ao ser reduzida, um a sobrescrito (ª) após o ponto abreviativo.
A invencionice Prof.º (ou, pior ainda, Profº) estaria, portanto, correta para uma suposta palavra "professoro", que só existe na pronúncia de um japonês iniciante em língua portuguesa.
Não complique, não erre.
Escreva sempre:
Prof. João Fernandes
Rua Prof. Daniel dos Santos
Escola Estadual Prof. Gabriel de Almeida Café
http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/3178610
Loro Martins
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