Notícia ou opinião?
1. Identifique quais dos textos a seguir são parte de uma notícia (ou reportagem) e quais são parte
de um artigo de opinião:
I. "A introdução de espécies geneticamente modificadas no Brasil tem como traço marcante
a chancela oficial. [...] No lugar de definir estruturas e procedimentos de biossegurança, o
Estado vem agindo no sentido de autorizar liberações sem a adequada análise de riscos ambientais
e à saúde, desconsiderando impactos socioeconômicos, recusando o debate com a
sociedade e evitando a transparência de suas ações. [...]."
SALAZAR, Andrea Lazzarini. Transgênicos: crescimento sem limites. Le Monde Diplomatique. Disponível em: <www.diplomatique.org.
br/artigo.php?id=745>. Acesso em: 17 maio 2013.
II. "[...] A discussão em torno da possível criação de uma zona livre da plantação de grãos transgênicos
nos Estados do Paraná e de Santa Catarina causou reação do governo do Rio Grande do Sul.
Enquanto paranaenses e catarinenses analisam supostas vantagens econômicas com a produção
de alimentos sem modificação genética, gaúchos apostam que os produtores irão rejeitar determinações
contrárias à liberação do cultivo de sementes transgênicas [...]"
TORTATO, M.; GERCHMANN, L.; MARQUES, J. PR e SC discutem criar "zona livre"; RS reage. Folha de S.Paulo, 2 out. 2003.ç
III. "[...] Na última safra, mais de 80% da soja plantada no Estado (RS) foi transgênica. Os
agricultores gaúchos esperam a decisão do governo para saber se poderão utilizar sementes do
organismo modificado geneticamente para a próxima safra ou não. Publicamente, já disseram
que, mesmo que sem permissão, pretendem repetir o uso [...]."
Da sucursal de Brasília, Folha de S.Paulo, 18 set. 2004.
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2. Justifique sua resposta à questão anterior dizendo por que definiu os textos como notícia ou
como artigo de opinião.
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3. Identifique nos trechos de opinião qual questão está sendo discutida e qual a posição do autor
nessa questão.
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1. Leia com atenção A redação e o vestibular
A redação nos chamados grandes vestibulares não é bem o que se apregoa no Ensino Médio.
Para atender ao que Unicamp, Unesp e USP, por exemplo, pedem a seus futuros alunos,
o candidato deve conseguir superar o modelo oferecido pela maioria dos colégios e cursinhos.
Uma redação que siga uma estrutura muito divulgada de introdução, com resumo do
assunto abordado, desenvolvimento genérico do tema proposto e conclusão retomando
a introdução, consegue no máximo uma nota mediana. Muitas redações mal pontuadas
escondem o triste paradoxo de o candidato acreditar que havia feito um bom trabalho.
[...]
LANDEIRA, J. L. A redação e o vestibular. Folha de S.Paulo. 17 fev. 2004. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/folha/
sinapse/ult1063u739.shtml>. Acesso em: 20 maio 2013.
2. Responda às questões:
a) Qual é o assunto tratado no texto?
b) Sobre esse assunto, o autor defende a opinião de que:
I. Fazer uma boa redação deixou de ser importante para aprovação em vestibulares de instituições
sérias de Ensino Superior.
II. As técnicas de redação ensinadas pela maioria das instituições educacionais não preparam
o aluno para o vestibular.
III. Os alunos são muito fracos na sua capacidade de aprender e por isso não conseguem fazer
boas redações.
IV. É obrigação do leitor de uma redação se esforçar para entender o que o autor quis dizer
com aquilo que escreveu.
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3. Leia atentamente os trechos a seguir e identifique a questãoa controversa subjacente.
I. "Prevenir é um grande trunfo para vencer mais algumas batalhas contra a Aids, no entanto
isso muitas vezes é ofuscado pelo desejo e esperança que cercam a busca pela cura: a pesquisa
científica, a vacina, o avanço no desenvolvimento de medicamentos e a melhoria na assistência,
que apresenta um caráter de maior urgência e de resultados imediatos. Assim, de maneira geral,
a prevenção acaba ocupando uma posição secundária dentro das políticas de saúde voltadas à
Aids, sendo abordada em ações pontuais e isoladas e desarticuladas entre si, que não resultam
em mudanças de impacto e sustentáveis."
Fonte: José Carlos Veloso/Gapa – Grupo de apoio à prevenção à Aids-Gapa: BR/SP.
Agência Carta Maior, 18 set. 2004. Disponível em: <http://www.gapabrsp.org.br>. Acesso em: 1 out. 2012.
II. "O que me espanta é que os jovens se queixem de que têm poucas fontes de conhecimento
da sexualidade. Só nas últimas décadas, as escolas começaram a introduzir o tema nas salas de
aula, assim mesmo com ênfase na higiene corporal, tendo em vista as DSTs. A família, aos
poucos, começa a derrubar tabus, exceto nas classes populares, onde a falta de conhecimento
obriga os jovens a aprenderem 'na rua', como se dizia na minha geração. Hoje, 'aprende-se' na
televisão. Primeiro, com a exacerbação do voyeurismo, tipo Big Brother. É o bordel despejado,
via eletrônica, no quarto das crianças ou na sala da casa. Sem que famílias, escolas e igrejas cuidem
da educação do olhar de crianças e jovens."
FREI BETTO, Revista Caros Amigos, n. 87.
III. "As empresas de motoboys estavam a mil, cada motoqueiro ganhava um salário que compensava
o risco, assim como também foram os lotações. Agora vai começar o cadastramento,
o controle, e a verdade é que o Estado está organizado para não deixar que a elite perca poder
econômico e político, estão todos preparados para boicotar qualquer tentativa de crescimento
da classe tida por eles como mais baixa, que na real somos nós."
"Rio de sangue". In: Caros Amigos, n. 86. © Ferréz, representado pela Página da Cultura.
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