21/02/2013

TRÊS MOÇOS MALVADOS-Versão de um conto popular



TEXTO  PARA SER LIDO PARA AS CRIANÇAS REESCREVEREM.

ESTA  ATIVIDADE CONFIGURA-SE   COMO  AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE

                                                           ESCRITA

 

 
Eram três  moços malvados. Gostavam de entrar no mato e caçar tudo quanto é bicho. Levavam espingarda de chumbo grosso, espingarda de cartucho e até revólver de dois canos. Ficavam o dia inteiro dando tiro. Matavam arara, papagaio, tucano, bem-te-vi, sanhaço, tiziu, caga-sebo, pintassilgo, João-de-barro, andorinha, rolinha, sofrê, sabiá, sem-fim e currupião. Matavam macuco, caburé, curiango, coruja, mutum-de-penacho. Pica-pau, saíra, graça, quero-quero, socó, jaburu, irerê e pato-do-mato. E também bicho grande que nem tamanduá, tatu, gambá, bicho preguiça, veado, ouriço, capivara, cotia,paca, preá, anta, macaco, quati, tartaruga, e cachorro-do-mato.

 

Os três bandidos caçavam por caçar. Matavam por divertimento. Gostavam de ver quem tinha melhor pontaria, quem acertava num  tiro só, quem destruía mais.

 

Um dia, durante a caçada, escutaram uma voz grossa gritando no fundo do mato :

 -  Olha o laço!

 

Os três estranharam. E a voz grossa:

-        Olha  o laço!

 

Os moços acharam graça. Um deles disse:

-        Vamos procurar o tal do laço pra gente olhar ?

Os outros acharam ótima idéia. E assim os malvados foram embrenhando na mata.

Andaram que andaram que andaram cada vez mais fundo, cada vez mais longe de tudo. A floresta foi ficando escura e cheia de sombras.

 

Os moços acabaram indo parar numa clareira. Debaixo de um imenso pé de jatobá encontraram três sacos cheios de dinheiro. Festejaram dando dois tiros para o alto.

-        a gente agora tá podre de rico!

 

E logo fizeram uma combinação. Enquanto um deles ia até a cidade comprar vinho para comemorar, os outros dois ficariam na clareira tomando conta do tesouro.

Um dos que ficaram, olhando aquele dinheirão, começou a fazer contas e pensou :

- Vou acabar com meu colega. Quando o outro voltar  dou cabo dele também.

Assim o dinheiro fica todinho pra mim.

 

E o malvado não pensou duas vezes. Sacou a arma. Atirou no companheiro, matou-o e enterrou o corpo ali mesmo. Depois, acendeu um cigarro e ficou esperando sentado debaixo do jatobá,

 

Acontece que o moço que foi à cidade comprar vinho teve uma idéia parecida:

 

-        Levo o vinho cheio de veneno. Assim os dois bebem, morrem e eu fico com o dinheiro todo.

 

E fez isso. Comprou um garrafão de vinho tinto, encheu de veneno de rato e voltou para dentro do mato.

 

Quando chegou à clareira, levou um tiro e morreu na hora.

 

O último moço, o bandido que sobrou, sentou numa pedra  para descansar. Olhando os três sacos de dinheiro, esfregou as mãos de felicidade.

 

-        Agora sim! – disse ele. – Fiquei rico. Não vou trabalhar nunca mais. Vou passar o resto da vida comprando coisas, casa, roupas, carros, jóias, fazendas...

 

Dizendo isso, arrancou a rolha do garrafão de vinho e bebeu quase tudo de um gole só.

 

Foi engolir o vinho e cair no chão.

 

Assim, o laço do diabo terminou de apertar seu nó.

 

( Azevedo, Ricardo. In: Armazém do Folclore. Editora Ática, SP. 2000)   

 

Avaliação Diagnóstica de Escrita


 

Diretoria de Ensino: _______________________________________________________

Escola: _________________________________________________________________

Nome do Aluno: __________________________________________________________

Série: _________________       Idade: ________________                  _____/____/_____

 

 

Depois de ouvir e ler o conto “ Três moços malvados”, reescreva-o pensando que será lido por colegas seus que ainda não conhecem a história.

Primeiramente, faça o planejamento de como irá recontar a história e só depois parta para a produção do seu texto.

 

Lembre-se de que seu texto deve garantir que :

  1. As personagens devem estar bem descritas;
  2. A seqüência de ações deve respeitar a versão original;
  3. As falas das personagens devem  estar apresentadas de forma adequada e
  4. O texto deve estar escrito de acordo com a ortografia.

 

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O PASTOR E O LOBO


 

Um pastor costumava levar seu rebanho para bem longe da aldeia. Fazia então uma brincadeira de mau gosto:

 

-        Socorro! Socorro!- gritava. Os lobos estão atacando os meus carneiros!

As pessoas largavam o que estavam fazendo e corriam para ajuda-lo.

O pastor torcia-se de rir, pois não havia lobo algum.

 

Um dia apareceram lobos de verdade. Enquanto eles devastavam o rebanho, o pastor, horrorizado, gritava:

- Socorro! Socorro!Corram, senão vão chegar tarde!

As pessoas pouco se incomodaram. Pensavam que o gozador estava fazendo mais uma das suas.

E assim, ele perdeu todos os seus carneiros.

Triste, disse ele com seus botões:

-        Os mentirosos só ganham uma coisa: não serem acreditados nem quando dizem a verdade.

 

( GARTNER,Hans; ZWERGER,Lisbeth (Comp.).12 fábulas de Esopo. Tradução Fernanda Lopes de Almeida. 7. ed. Rio de Janeiro: Ed. Ática, 2003.)

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01. Em “Enquanto eles devastavam o rebanho...” o termo sublinhado refere-se a :

 

(A)  Lobos.

(B)  Carneiros.

(C)  Mentirosos.

(D)  Vizinhos.

 

02. Em “ ... o gozador estava fazendo mais uma das suas.” , a expressão destacada significa no texto

 

(A)  realizar o trabalho do dia-a-dia.

(B)  Levar o rebanho para longe da aldeia.

(C)  Atacar todos os carneiros do rebanho.

(D)  Fazer brincadeira de mau gosto.

 

03. Pelo final da história, você pode entender que o pastor aprendeu que

 

(A)  “A mentira tem pernas curtas.”

(B)  “Quem tudo quer tudo perde.”

(C)  “A ovelha má põe o rebanho a perder”

(D)  “Quem desdenha quer comprar”

 

04. O pastor dessa história é

 

(A)  mentiroso e gozador.

(B)  Medroso e preguiçoso.

(C)  Solidário e brincalhão.

(D)  Alegre e respeitoso.                                                                                                   

 

05. Os vizinhos não confiam mais no pastor, porque ele

 

(A)  resolvia sozinho os seus problemas.

(B)  Gritava por qualquer coisa.

(C)  Fingia que os lobos o atacavam.

(D)  Tinha muito medo dos lobos.

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06. No trecho” – Socorro!Socorro! gritava. Os lobos estão atacando os meus carneiros!”, o travessão indica o início da

 

(A) queixa do mentiroso.

(B)  Fala das pessoas.

(C)  Reclamação da vizinhança.

(D) Gritaria do pastor.

 

 

 

 

 

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