25/08/2017

ESTRATÉGIAS DE LEITURA Ler é participar de discursos com outras pessoas

Leituras obrigatórias para Fuvest 2017


Iracema, a famosa “virgem dos lábios de mel” tornou-se símbolo do estado, e seu filho, Moacir, nascido de seus amores com o colonizador português Martim, representa o primeiro cearense fruto da união das duas raças. A história é uma representação do que aconteceu com a América na época da colonização européia.
Narrado em primeira pessoa, seu autor é Brás Cubas, um “defunto-autor”, isto é, um homem que já morreu e que deseja escrever a sua autobiografia.
Romance naturalista do brasileiro Aluísio Azevedo publicado em 1890, que denuncia a exploração e as péssimas condições de vida dos moradores das estalagens ou dos cortiços cariocas do final do século XIX.
O narrador Zé Fernandes mostra ao leitor a tese segundo a qual a vida no campo é superior à vida urbana. Para comprová-la, relata a trajetória de seu amigo, Jacinto. Herdeiro de grande fortuna obtida através da exploração de propriedades agrícolas de Portugal, Jacinto nasceu em Paris e adorava a cidade.
Lançado originalmente em 1938, é o romance em que Graciliano alcança o máximo da expressão que vinha buscando em sua prosa. O que impulsiona os personagens da obra é a seca, áspera e cruel, e, paradoxalmente, a ligação afetiva que expõe naqueles seres em retirada, à procura de meios de sobrevivência e de um futuro.
Publicado em 1951, Claro enigma representa um momento especial na obra de Drummond. Com uma dicção mais clássica, o poeta revisita formas que haviam sido abandonadas pelo Modernismo, como o soneto, e afirma seu amor pela poesia de Dante e Camões.
Apresentando a paisagem e o homem de sua terra numa linguagem já então exclusiva, por meio nove histórias, Guimarães Rosa fez deste livro a semente de uma obra cujo sentido e alcance ainda estão por ser inteiramente decifrados. A linguagem faz uso de um dialeto sertanejo, e mescla célebres neologismos e inúmeros arcaísmos.
Mayombe foi escrito durante a participação de Pepetela na guerra de libertação de Angola, e retrata o cotidiano dos guerrilheiros do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) em luta contra as tropas portuguesas. O romance se propõe a abordar não somente as ações, mas os sentimentos e reflexões daquele grupo, as contradições e conflitos que permeavam sua organização e as relações estabelecidas entre pessoas que buscavam construir uma Angola livre da colonização.

O desorganizado

17/08/2017

Versos íntimos - Análise literária Apoio aos estudos dos alunos dos 2ºs anos B/C/D




Versos Íntimos é um poema da autoria de Augusto dos Anjos, que expressa um sentimento de pessimismo e decepção em relação aos relacionamentos interpessoais.
Esta obra poética é classificada como um soneto, possuindo quatro estrofes, dois quartetos (4 verso cada) e dois tercetos (três versos cada). Quanto à escansão do poema, os versos são decassílabos com rimas regulares.
Vários autores elegeram este poema com um dos 100 melhores poemas brasileiros do século XX.
 Análise e interpretação do poema Versos Íntimos
Este poema transmite uma visão pessimista da vida. A linguagem usada pelo autor pode ser considerada uma crítica ao parnasianismo, um movimento literário conhecido pela linguagem erudita e romantismo exacerbado.
Esta obra revela também a dualidade na vida do ser humano, indicando como as coisas podem mudar, ou seja, as coisas boas se transformam em coisas más. Existe também um contraste entre o título e a realidade revelada pelo poeta, pois o título "versos íntimos" pode remeter para o romantismo, algo que não se verifica no conteúdo do poema.
Em seguida revelamos uma possível interpretação de cada estrofe:

É mencionado o enterro da última quimera que neste caso indica o fim da esperança ou do último sonho. É transmitida a ideia que ninguém se importa com os sonhos destruídos dos outros porque as pessoas são ingratas, são como animais selvagens (neste caso uma feroz pantera).

O autor utiliza o imperativo dando o conselho que quanto mais cedo a pessoa se acostuma com a cruel e miserável realidade do mundo, será mais fácil. O Homem voltará à lama, regressará ao pó, está destinado a cair e se sujar na lama. Ele afirma que o Homem vive no meio de feras, de pessoas sem escrúpulos, más, sem compaixão e que por isso, ele também tem que se adaptar e ser também uma fera para viver neste mundo. Esta estrofe está de acordo com a famosa frase "

O homem é o lobo do homem".

O poeta utiliza a linguagem coloquial, convida o "amigo" (para quem escreveu o poema) a se preparar para traições, para a falta de consideração do próximo. Mesmo quando temos demonstrações de amizade e de carinho como um beijo, isso é apenas o prenúncio de algo mau. Aquele que hoje é teu amigo e te ajuda, amanhã te abandonará e causará dor. A boca que beija é aquela que vai cuspir em seguida, causando dor e desilusão.

O autor faz a sugestão de "cortar o mal pela raiz", para evitar o sofrimento no futuro. Para isso, ele deve cuspir na boca de quem o beija e apedrejar a mão que faz carinho. Isso porque de acordo com o poeta, mais cedo ou mais tarde, as pessoas vão nos desiludir e machucar.


Locução verbal - Apoio aos estudos dos alunos 1ºs anos C/D/E