31/08/2013
Dicas para uma boa redação
O último pau de arara
Quando não chove no chão
Mas se chover dá de tudo
Fartura tem de montão
Tomara que chova logo
Tomara, meu Deus, tomara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocalho
Pendurado no pescoço
Vou ficando por aqui
Que Deus do céu me ajude
Quem sai da terra natal
Em outro canto não pára
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocalho
Pendurado no pescoço
Vou ficando por aqui
28/08/2013
Roteiro de trabalho para EJA -
• ATIVIDADES MANUSCRITAS EM PAPEL ALMAÇO
Identificar os seguintes elementos
1. Foco Narrativo ( 1ª ou 3ª pessoa justificar com um trecho do texto)
2. Personagens principais: (Características físicas e psicológicas. Descrever os personagens)
3. Época ( Elementos característicos escrever um trecho que comprova )
4. Espaço ( Dê a descrição do espaço )
5. Assunto ou enredo ( Resumo da situação inicial, quebra da situação, conflito, final / Resumir com suas palavras o conto lido)
Resenha crítica
6. O que aprendi lendo essa obra? ( Faça uma conclusão)
7. Valeu a pena ler? Por quê?
Bibliografia
8. anotar o site pesquisado( www.http://........................................................
27/08/2013
A mensagem -Stanislaw Ponte Preta
O segundo verso da canção - Affonso Romano de Sant'Anna
26/08/2013
REDAÇÃO: fuja do clichê (chavão, frase feita, lugar-comum)
O que evitar no seu texto?
Muitos alunos me procuram querendo saber o que não colocar na redação. Para responder a essa pergunta, é preciso primeiro registrar que um texto apresenta vários aspectos: o linguístico, o gráfico, o semântico, o gramatical...
Aqui, vou dizer o que deve ser evitado no nível puramente linguístico: O clichê.
O que é clichê?
Em redação, chama-se clichê aquele termo que, pelo uso excessivo, já perdeu a sua força expressiva. É um termo gasto, manjado, pobre e sem nenhuma originalidade. Veja abaixo alguns exemplos:
- Abrir com chave de ouro;
- Antes de mais nada;
- Aparar as arestas;
- A todo vapor;
- Caixinha de surpresas;
- Calorosos aplausos;
- Corações e mentes;
- Do Oiapoque ao Chuí;
- Em nível de;
- Erro gritante;
- Importância vital;
- Inserido no contexto;
- Joia da coroa;
- Uma luz no fim do túnel;
- No fundo do poço;
- Os quatro cantos do mundo;
- Pergunta que não quer calar;
- Preencher uma lacuna;
- Rota de colisão;
- Usina de ideias;
- Nós, brasileiros;
- Nós, seres humanos
- Vitória esmagadora;
- Começar com o pé direito;
- Agradar a gregos e troianos;
CLICHÊS GERALMENTE USADOS PARA ABRIR O TEXTO:
- Desde os primórdios da humanidade...;
- Nos dias atuais...;
- Nos dias de hoje...;
- Atualmente...;
- Indubitavelmente...;
- Para começar...;
- Na minha opinião;
- No meu ponto de vista;
CLICHÊS GERALMENTE USADOS PARA ABRIR CONCLUSÃO:
- Conclui-se que...;
- Concluindo...;
- Com base nos fatos mencionados, conclui-se que...;
- Para concluir...;
OBS.: O clichê também pode se apresentar na forma não-verbal (observe a foto do coração desenhado na areia, que abre esta postagem), seja no cinema, na fotografia, na novela de televisão, na música... Lembre-se. Clichê é tudo aquilo que é manjado, gasto pelo uso, "coisa pronta".
24/08/2013
A regreção da redassão
(Carlos Eduardo Novaes)
“ Semana passada recebi um telefonema de uma senhora que me deixou surpreso. Pedia encarecidamente que ensinasse seu filho a escrever:
- Mas, minha senhora – desculpei–me – , eu não sou professor.
- Eu sei. Por isso mesmo. Os professores não têm conseguido muito.
- A culpa não é deles. A falha é do ensino.
- Pode ser, mas gostaria que o senhor ensinasse o menino. O senhor escreve muito bem.
- Obrigado – agradeci – , mas não acredite muito nisso. Não coloco vírgulas, e nunca sei onde botar os acentos. A senhora precisa ver o trabalho que dou ao revisor.
- Não faz mal – insistiu -, o senhor vem e traz um revisor.
- Não dá, minha senhora – tornei a me desculpar – , eu não tenho o menor jeito com crianças.
- E quem falou em crianças? Meu filho tem 17 anos.
Comentei o fato com um professor, meu amigo, que me respondeu: “Você não deve se assustar, o estudante brasileiro não sabe escrever”. No dia seguinte, ouvi de outro educador: “O estudante brasileiro não sabe escrever”. Depois li no jornal as declarações de um diretor da faculdade: “ O estudante brasileiro escreve muito mal”. Impressionado, saí a procura de outros educadores. Todos me disseram: acredite, o estudante brasileiro não sabe escrever. Passei a observar e notei que já não se escreve como antigamente. Ninguém mais faz diário, ninguém escreve em portas de banheiros, em muros, em paredes.
Não tenho visto nem aquelas inscrições, geralmente acompanhadas de um coração, feitas em casca de árvore.
- Quer dizer – disse a um amigo enquanto íamos pela rua – que o estudante brasileiro não sabe escrever? Isso é ótimo para mim. Pelo menos diminui a concorrência e me garante emprego por mais dez anos.
- Engano seu – disse ele – A continuar assim, dentro de cinco anos você terá que mudar de profissão.
- Por quê? – espantei-me. – Quanto menos gente sabendo escrever, mais chance eu tenho de sobreviver.
- E você sabe por que essa geração não sabe escrever?
- Sei lá – dei com os ombros -, vai ver que é porque não pega direto no lápis.
- Não senhor. Não sabe escrever porque está perdendo o habito da leitura. E quando o perder completamente, você vai escrever para quem?
Tai um dado novo que eu não havia considerado. Imediatamente pensei quais as utilidades que teria um jornal no futuro: embrulhar carne? Então vou trabalhar num açougue. Serviria para fazer barquinhos, para fazer fogueira nas arquibancadas do Maracanã, para forrar sapato furado ou para quebrar um galho em banheiro de estrada? Imaginei-me com uns textos na mão, correndo pelas ruas para oferecer às pessoas, assim como quem oferece hoje bilhete de loteria:
- Por favor amigo, leia – disse, puxando um cidadão pelo paletó.
– Não, obrigado. Não estou interessado. Nos últimos cinco anos a única coisa que leio é a bula de remédio.
- E a senhora não quer ler? – perguntei, acompanhando os passos de uma universitária. – A senhora vai gostar. É um texto muito curioso.
- O senhor só tem escrito? Então não quero. Porque o senhor não grava o texto? Fica mais fácil ouvi-lo no meu gravador.
- E o senhor, não está interessado nuns textos?
- É sobre o quê? Ensina como ganhar dinheiro?
- E o senhor, vai? Levas três e paga um.
- Deixa eu ver o tamanho – pediu ele.
Assustou-se com o tamanho do texto:
- O quê? Tudo isso? O senhor está pensando que sou vagabundo? Que tenho tempo para ler tudo isso? Não dá para resumir tudo em cinco linhas?
Não há dúvidas: o estudante brasileiro não sabe escrever. Não sabe escrever porque não lê. E não lendo também desaprende a falar. [...] os estudantes não escrevem, não leem, não falam, não pensam. Tudo isso me faz pensar que estamos muito mais perto da Idade da Pedra. A prosseguir nessa regressão, ou regredir nessa progressão, não demora muito estaremos todos de tacape na mão reinventando os hieróglifos. Neste dia então a palavra escrever ganhará uma nova grafia: ex-crever.”
1. Qual é a intenção do autor ao cometer, de modo proposital, os dois “erros” ortográficos no título?
2. “A solução, parece-me, é usar a própria televisão para estimular a leitura.” Como a televisão poderia estimular as pessoas a lerem mais?
3. Por que, segundo o autor, estamos mais perto do que imaginávamos da idade da Pedra?
Uma Fábula Moderna - A MORTE DA TARTARUGA
23/08/2013
22/08/2013
Testes de ortografia e redação eliminam candidatos a estágio
Entre cursos com maior reprovação estão pedagogia, jornalismo e turismo.
Falta de leitura e hábitos gerados pela internet são fatores motivadores.
Marta CavalliniDo G1, em São Paulo
Quem concorre a uma vaga de estágio precisa ficar atento ao conhecimento e domínio da língua portuguesa, pois os testes ortográficos e as redações são os que mais reprovam, de acordo com levantamento do Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube). Atualmente, várias empresas estão com milhares de vagas abertas e os processos seletivos estão a todo vapor - clique aqui para ver a lista de programas de estágio e trainee.
Uma das etapas da seleção, o teste ortográfico, aplicado em forma de ditado, reprovou mais os estudantes de nível médio técnico de escolas públicas em 2012. Em relação aos universitários, a reprovação atinge mais os que estudam em instituições particulares e dos cursos de pedagogia, jornalismo e matemática (veja abaixo reprodução dos testes disponibilizados pelo Nube).
Já na redação, a reprovação foi maior entre os estudantes de 15 a 18 anos e do ensino médio no ano passado. Entre os cursos de nível superior, a maior reprovação está entre os cursos de turismo, educação física e publicidade.
Os homens tiveram desempenho pior que as mulheres tanto no teste ortográfico quanto na redação.
Teste ortográfico
O estudo realizado durante todo o ano de 2012 com 7.219 estudantes revela que 2.081 candidatos (28,8%) não tiveram êxito no teste ortográfico e foram eliminados. O teste foi aplicado na forma de ditado, com 30 palavras do cotidiano, como "seiscentos", "escassez", "artificial", "sucesso", "licença" e "censura". Era considerado reprovado quem cometesse mais de sete erros. O índice de reprovação entre as mulheres ficou em 26,6%, e entre os homens, em 32%.
Os mais novos, com idade entre 14 e 18 anos, tiveram melhor desempenho, com 75% de aprovação, superando outras faixas como a de 19 a 25 anos (68,9%), 26 a 30 anos (69,2%) e acima de 30 anos (71,2%).
Alunos do ensino médio técnico tiveram o pior desempenho - em torno de 37% cometeram mais de 7 erros, seguidos dos estudantes do superior tecnólogo (30%), médio (29%) e superior (28,5%). Estudantes de nível médio e técnico de escola pública tiveram desempenho pior (30%) se comparados aos das instituições particulares (17%). Entre os universitários, cerca de 30% dos jovens de escolas privadas foram reprovados, contra apenas 19% das faculdades municipais, estaduais ou federais.
Os cursos com maior índice de reprovação são pedagogia (50%), jornalismo (49%), matemática (41,4%), psicologia (41%) e ciência da computação (40%). Com maior aprovação estão os cursos de comércio exterior (83%), medicina veterinária (82%), relações públicas (80%), engenharia de produção (80%), nutrição (75,5%), engenharia elétrica (74,5%) e direito (74%).
Redação
Pesquisa realizada durante todo o ano 2012 com 1.147 participantes mostra que as mulheres tiveram maior índice de aprovações na redação, com 85,5%. Entre os homens, o índice foi de 80,7%. A reprovação é maior entre os estudantes de 15 a 18 anos (27,5%) em relação a 19 a 25 anos (16,5%). No ensino médio, o índice de reprovação é de 26,1%, e no superior, de 17,4%. Os cursos de direito (90%), engenharia civil (88%) e engenharia mecânica (86%) têm o maior índice de aprovação. Já os de turismo (66%), educação física (33%) e publicidade (27,5%) têm os piores índices.
Justificativas
"Impressiona o fato de os jovens na fase da universidade registrar erros graves na grafia. Apenas 25% dos brasileiros mantêm o hábito da leitura. O reflexo é percebido antes do ingresso no mercado de trabalho. Muitos ficam pelo caminho e são excluídos das chances de construírem uma carreira, por terem pouca intimidade com as palavras", diz Erick Sperduti, coordenador de recrutamento e seleção do Nube.
Para Sperduti, o bom desempenho das mulheres na redação pode ser explicado pelo fato de as candidatas se interessarem mais pela leitura, seja em romances ou revistas. "Assim, absorvem um maior repertório de palavras e estabelecem uma maior concordância no momento de elaborar uma redação".
Já em relação ao fraco desempenho dos estudantes do nível médio e técnico no teste ortográfico e na redação, Sperduti afirma que "o jovem ainda não possui uma variedade de vocabulário, dificultando a elaboração de um bom texto. Somado a esse fator, temos a falta de interesse em escrever. Navegar na web, ouvir rádio e ver televisão são mais atrativos para esse público", explica.
Com relação ao bom desempenho dos estudantes de 14 a 18 anos no teste ortográfico, o coordenador diz que esses estudantes têm mais contato com a língua portuguesa por ainda estarem no período de formação.
Entre as palavras grafas de forma errada nos testes ortográficos, Sperduti cita rejeitar com "G" no lugar do "J", flexível com "QUIC" no lugar do "X", assessoria com um "S" apenas, licença com "S" no lugar do "C", exceção sem o "C", ressaltar com um "S" apenas e transição com "C" no lugar do "S". "Dá a entender que não conhecem as palavras", diz.
Sperduti considera que a única saída para reverter o mau desempenho é a prática da leitura e o hábito de escrever as ideias. "O desafio para os futuros profissionais não é apenas concluir o curso, mas mostrar domínio do nosso idioma", diz.
De acordo com o coordenador de recrutamento, é importante organizar os assuntos a serem redigidos. "Tudo precisa ter uma introdução, um desenvolvimento e uma conclusão, ou seja, um começo, meio e fim", diz Sperduti. Ele afirma ainda que não se deve escrever em 1ª pessoa, com expressões como "eu acho", "eu penso", "eu acredito". "Muitos são reprovados porque não releem o que escreveram, não revisam para corrigir os erros antes da entrega. A pressa, neste caso, só prejudica", diz.
Para o coordenador, a internet pode contribuir com os erros. "Abrevia-se muito as palavras, escreve-se com rapidez, quer fazer as coisas de forma rápida, não revisa, esse sentido de urgência pode prejudicar", diz. Entre os principais erros nas redações estão ortografia e concordância, redações curtas, com menos de 15 linhas, fuga ao assunto proposto, texto sem começo, meio e fim. "Os candidatos têm de 40 a 50 minutos para fazer a redação, dá tempo de fazer e revisar, mas muitos terminam em 15 minutos", diz.
De acordo com Sperduti, a seleção de estagiários se dá da seguinte forma: depois de selecionar os candidatos pelo perfil técnico, por meio de triagem no cadastro da entidade, as empresas geralmente aplicam testes presenciais, que são compostos da apresentação pessoal (o candidato fala dele mesmo, de seus dados pessoais, de suas competências do currículo e de suas características); atividade em grupo, com o desenvolvimento de case e apresentação – nessa etapa é feita a avaliação de competências; e em seguida testes de raciocínio lógico, ortográfico, redação e inglês.
O que mais reprova é o teste ortográfico e redação, seguido das atividades em grupo, segundo ele. "Muitos candidatos nem sabem para qual empresa estão concorrendo. Por outro lado, outros estão ali por causa da empresa, porque têm vontade de seguir carreira nela, e isso conta bastante", diz Sperduti.